segunda-feira, 26 de setembro de 2011

SONETO DO CIÚME


Não quero ser forçado a terminar contigo
Não quero ser só teu amigo
Mas caso continue com esse bobo ciúme
Que eu não poderei deixar tal situação impune

Quando passeávamos na praça
Imediatamente você vinha com a mordaça
Quando eu tentava dar bom dia pra doceira
Tinha que fingir que era tudo uma grande brincadeira

Quando jovens tinhas ciúmes até da professora
Não podia pensar em perguntar
Que você logo vinha me calar

Para não mais sentir dor física
Tive que me isolar da grande multidão
Hoje vivo em um escuro galpão

(Leandro Souza) 


2 comentários:

  1. Aah... antes estar num 'galpão escuro' do que ter uma mordaça, né não? Achei isso. Muito bem feito o poema. Parabéns!

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  2. A garota do eu lirico não entende que assim como ela, ele é um ser humano e precisa interagir, mas como ela é tão ciumenta (ele não pode nem abrir a boca), ele preferiu se calar e se isolar. Ele pensa: não adianta eu falar, então vou me isolar, assim sou mais feliz...

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